COF libera Verdão a pegar R$ 54 milhões no mercado

O presidente palmeirense Paulo Nobre sonhava em conseguir R$ 120 milhões emprestados, via FIDCs, para colocar as contas do clube em ordem. Porém, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) só o autorizou a adquirir R$ 54 milhões.

A decisão foi tomada na última segunda-feira, em reunião na Academia de Futebol. Não se trata de uma retaliação ou coisa do gênero. É que o estatuto alviverde determina que valores superiores a R$ 54 milhões precisam contar com a aprovação do Conselho Deliberativo.

Paulo Nobre vai recuperar R$ 20 milhões dos R$ 40 milhões que já emprestou ao Verdão

Como a situação financeira do Palmeiras é emergencial, Paulo Nobre desistiu de submeter o pedido ao conselho e vai pegar "só" R$ 54 milhões do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - tipo de aplicação em que a maior parte dos recursos é destinada à aquisição de direitos creditórios.

Na reunião de segunda, Nobre ainda deu a entender que o acordo com um patrocinador máster está próximo e, desta maneira, os R$ 54 milhões sejam suficientes para colocar a casa em ordem até dezembro. Caso contrário, ele recorrerá ao Conselho Deliberativo em janeiro ou fevereiro.

Nem toda essa bolada será aplicada no pagamento das dívidas mais emergenciais do clube. Isso porque o presidente já adquiriu R$ 40 milhões de empréstimo em seu nome, para repassar ao Palmeiras, e ficará com cerca de R$ 20 milhões dos R$ 54 milhões do FIDC.

A intenção da diretoria era saldar toda a dívida com o presidente imediatamente, caso os R$ 120 milhões fossem obtidos com o Fundo de Investimento.

Pequeno déficit - Além da aprovação do empréstimo, o COF apreciou o balancete de agosto, mês em que o Palmeiras registrou prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão.

O valor foi considerado positivo na comparação com outros meses, nos quais o Verdão chegou a fechar com R$ 5 milhões no vermelho.