Abertura da Copa teve apagão geral dos celulares

Se a seleção brasileira estreou com o pé direito na Copa das Confederações, o sistema de telefonia nacional deixou a desejar. Falar ao celular durante os 90 minutos em que a bola rolou ontem, no Mané Garrincha, foi praticamente impossível.

A Tim e a Vivo não tiveram sinal por sequer um instante. Já a Claro permitia apenas a realização de chamadas de emergência. Somente a Oi apresentava sinal, mas as ligações caiam com frequência. Coincidência ou não, ela é patrocinadora oficial da Fifa.

Esse apagão dos telefones é até comum nos jogos em que há transmissão de TV em alta definição na cidade de São Paulo. Quem já foi ao Pacaembu ou ao Morumbi em dia de jogo exibido pela Globo sabe. Porém, tanto o público de Brasília quanto os jornalistas estrangeiros foram pegos de surpresa.

Além do problema com os celulares, a estreia do Brasil na Copa das Confederações ficou marcada pelo problema na distribuição dos alimentos pelos restaurantes do estádio. Alguns já não tinham comida antes mesmo de a bola rolar. O preço também assustou: uma garrafa de água custou incríveis R$ 6.

Sem papel

Entre os problemas de organização em Brasília, houve um inusitado: faltou papel para a impressão das credenciais na sexta-feira. E nenhum voluntário sabia falar a língua inglesa para explicar o ocorrido aos estrangeiros.

Perdidos

Havia várias cadeiras vazias no Mané Garrincha, ontem, apesar de todos os ingressos já estarem vendidos desde quarta-feira. É que 767 pessoas que compraram entradas não apareceram no estádio.

Às lágrimas

O goleiro Júlio César (foto) chegou a chorar logo após a execução do hino nacional, antes de a bola rolar contra o Japão. “É que passou um filme na minha cabeça”, disse.

Replay liberado

Os dois telões do Mané Garrincha mostraram os replays de todos os lances do jogo.  E a bolada nas partes baixas de Marcelo, no primeiro tempo, rendeu um sonoro “uhhh”.

Lado a lado

Apesar da relação estremecida, o presidente da CBF, José Maria Marin, conseguiu se sentar ao lado da presidente da República, Dilma Rousseff, durante a partida de ontem.

Deivid?

O locutor do Mané Garrincha levou uma tremenda vaia depois de anunciar David Luiz como Deivid Luz. Ele ainda chamou o árbitro Pedro Proença de Pedro Poeça.

Boicote à vista…

Foi lançada no último dia 7 a “Op. Boicote à Copa”, movimento virtual que promete ações de protesto contra a Fifa e os patrocinadores do Mundial. A mobilização virtual já reúne 2.100 pessoas.

…e nas ruas

A primeira ação da “Op. Boicote à Copa” foi um ataque ao mascote inflável do Mundial, o tatu-bola de dois metros de altura que está nas cercanias do Mané Garrincha.