O torcedor são-paulino que se empolgou com a contratação de Clemente Rodríguez e já imagina o lateral-esquerdo argentino cruzando muitas bolas para gols de Luís Fabiano tem boas chances de se decepcionar. Um dirigente do próprio São Paulo, que participou da negociação, avisa: “Não esperem que o Clemente Rodríguez
vá atacar todo o tempo ou que ele estará na área a toda hora. Não é o estilo
de jogo dele.”
Anunciado com status de grande reforço nesta madrugada,
Rodríguez é um lateral bem diferente dos brasileiros. “Sua primeira função é
marcar. Quando se sente mais à vontade, ele ataca. Mas é uma vez ou outra em
cada partida”, ressalta o cartola, que participou das negociações.
É desta maneira que os laterais argentinos
atuam. E o fato de ele já estar com 31 anos só reforça essa vocação defensiva
em Rodríguez, que foi descoberto pelo São Paulo por meio de um empresário. “Ligaram
para dizer que ele estaria livre de contrato a partir de 30 de junho. Como seu
salário é baixo, acabamos fechando com alguma facilidade.”
Rodríguez ganhava pouco mais de R$ 150 mil
no Boca Juniors. Seu salário será próximo dos R$ 200 mil no São Paulo, que
conseguiu convencê-lo a ganhar em reais. A oscilação do dólar fez o Tricolor
nem cogitar pagá-lo na moeda estrangeira.
Amigo do homem
Quase ninguém por aqui sabe, mas Clemente
Rodríguez é conhecido na Argentina por ser muito amigo de Riquelme. Para falar
a verdade, eles eram os maiores parceiros no Boca. Foi Riquelme, inclusive,
quem bancou a última renovação de contrato de Rodríguez, dois anos atrás.
A amizade ficou forte principalmente depois
que Riquelme comprou briga pública com Palermo – o que rendeu um racha interno
gigante no Boca Juniors, cerca de três anos atrás. Rodríguez saiu em defesa de
Riquelme e Palermo ficou enfraquecido.
Quem é o tal dirigente? Esse não sabe nem o que contratou.
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