Eles têm estilos bem diferentes. Instalados em um camarote central — era a única família de jogador fora da arquibancada superior —, os dois preferem nem assistir ao jogo juntos.
Dona Nadine (com a camisa do Brasil à esquerda) e seu Neymar (à direita) no camarote do Mineirão |
A primeira vibração da família Neymar veio aos 14 minutos, quando Júlio César defendeu o pênalti cobrado por Forlán. Dona Nadine levantou as mãos para o céu, em agradecimento, enquanto seu Neymar gritou várias vezes o nome do goleiro da seleção brasileira.
Aos 25 minutos, o estádio, em coro, mandou o juiz para aquele lugar. Muito religiosa, a mãe de Neymar fez uma adaptação da música para evitar a parte com os palavrões. Seu Neymar permanecia mudo.
E a fisionomia dele ficou ainda mais carrancuda aos 27 minutos, quando Hulk chutou uma bola por cima do gol. Embora não tenha falado, ele deu a entender que adoraria xingar o parceiro de ataque do filho.
Pouco antes do intervalo, uma cena curiosa. Parte do Mineirão gritava “olê, olê, olê, olá... Bernard, Bernard”. Dona Nadine abriu um largo sorriso, imaginando que o coro fosse “Neymar, Neymar”.
Festa total
Os pais de Neymar foram à forra com o gol de Fred, no final do primeiro tempo. “Meu filho é f...”, disse o pai, após ver no replay a participação do garoto no lance.
Veio o segundo tempo e o gol de Cavani. Seu Neymar xingou meio mundo. Dona Nadine preferiu comer, para se acalmar. Mas calmos mesmo eles só ficaram aos 41, com o gol de Paulinho. Ao final, o craque foi até a beira do campo para cumprimentar os pais. Perguntou pelo filho, David Lucca, que havia passado o duelo numa antessala, vendo pela TV. O nenê logo apareceu e ganhou um beijo à distância do pai.