Nenhum problema preocupa tanto a diretoria do Santos no momento quanto o acerto com Muricy Ramalho por sua demissão. Motivo: há uma cláusula no contrato que garante ao técnico o dobro do valor caso a multa não tenha sido paga em dez dias.
O prazo termina na segunda-feira. Na teoria, o pior já passou. Muricy inicialmente queria o pagamento integral da multa, de aproximadamente R$ 5 milhões, mas já concordou em receber apenas pelo tempo restante do contrato. Ou seja, R$ 2,4 milhões.
Em uma reunião na sexta, o agente de Muricy, Márcio Rivellino, admitiu a possibilidade de parcelar essa dívida até o fim do ano, uma das exigências do clube.
Na segunda, último dia para o depósito, devem ser acertados os últimos detalhes e o Peixe promete pagar a primeira das sete prestações, de R$ 342 mil. Nas contas do Comitê de Gestão, há enorme vantagem, já que Muricy faturava R$ 700 mil por mês. Sem contar os gastos com seu auxiliar, Tata, e o analista de imagem Claudio Grillo, que também foram demitidos.