O Palmeiras continua sem patrocínio máster, o processo de profissionalização dos dirigentes é contestado e o acesso à Série A só deverá ocorrer em alguns meses. Ainda assim, o presidente Paulo Nobre já tem um feito para se orgulhar: ele fez o clube fechar no azul em junho.
Parece pouco, mas não é. Desde abril de 2011, o Palmeiras colecionou déficit atrás de déficit. Para se ter uma ideia, Arnaldo Tirone, antecessor de Nobre, só conseguiu superávit em um mês de sua gestão, justamente em março de 2011.
O lucro palmeirense com o atual mandatário, em junho, foi um pouco superior a R$ 580 mil, impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho do futebol profissional, que teve mais de R$ 1 milhão de superávit.
O clube social, por outro lado, registrou prejuízo de R$ 432 mil, impedindo que os números gerais fossem ainda mais positivos.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o Verdão soma cerca de R$ 20 milhões no negativo e a dívida total do clube ultrapassa a casa dos R$ 250 milhões.
Quase lá
O orçamento do Palmeiras para 2013, enfim, está pronto e foi aprovado pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), na segunda-feira. A falta de patrocínios fez com que o orçamento se tornasse o menor dos últimos anos.
Sem votação
O COF não pôde votar qualquer dos balancetes apresentados após os cinco primeiros meses de gestão de Paulo Nobre. O órgão só terá a chance de aprovar ou reprovar as contas do presidente agora que o orçamento foi apresentado.
Orelha quente
Arnaldo Tirone, Luiz Gonzaga Belluzzo e Affonso della Monica, os três últimos presidentes do Verdão, não têm aparecido nas reuniões do COF. E viraram alvo de cornetadas internas.