Promessa do presidente Juvenal Juvêncio a amigos: um diretor de futebol nunca mais terá tanta autonomia no Tricolor, como Adalberto Baptista tinha, enquanto ele estiver no comando do clube. Ou seja, até abril de 2014, quando acaba seu terceiro mandato.
Juvenal está convencido de que a crise que se instalou no Morumbi tem muito a ver com o poder concedido ao ex-diretor, que pediu demissão na última quinta-feira. "O Adalberto errou em muitas contratações e no trato com os jogadores", avalia um braço direito do presidente.
A decisão de barrar o zagueiro Lúcio, que não vai sequer para o banco no clássico contra o Corinthians, amanhã, tem participação decisiva do presidente. Paulo Autuori relatou que estava incomodado com as atuações do beque. E Juvenal então sugeriu o afastamento.
O próximo diretor de futebol, que será escolhido em uma questão de dias, terá de conviver com a interferência forte de Juvenal, algo sempre ocorreu, exceto nos últimos meses.
A dispensa de sete jogadores no final da Libertadores, as contratações de Roni, Caramelo, Silvinho, Reinaldo, entre outras, foram única e exclusivamente feitas a partir da cabeça de Adalberto. "Agora, quem assumir a diretoria vai ter de pedir a benção do Juvenal para qualquer coisa", avisa um são-paulino.
O vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, está acumulando também o cargo de diretor de futebol, porém apita bem pouco no Morumbi. Ele se queimou com Juvenal ao vender Fernandinho para os Emirados Árabes sem comunicar o presidente.