Tricolor: Autuori já estava sendo fritado

Autuori tinha seis derrotas e um empate até bater o Benfica

O triunfo sobre o Benfica no sábado não serviu apenas para acabar com a pior série sem vitórias na história do Tricolor. O placar de 2 a 0 deu uma pausa no processo de fritura ao qual o técnico Paulo Autuori estava sendo submetido na última semana.

A pressão dos conselheiros e diretores de alto escalação pela demissão de Autuori era tamanha que o presidente Juvenal Juvêncio preferiu nem dar expediente no Morumbi na quinta e sexta-feiras. Assim, ele evitou contato com os cardeais tricolores e as cornetadas no técnico.

Antes de bater o Benfica em Lisboa e ficar com o título da Copa Eusébio, Autuori colecionava seis derrotas e um empate nos sete primeiros jogos à frente do São Paulo.

A pressão maior por sua demissão vinha das “viúvas de Muricy Ramalho”, como é conhecida a ala de fãs declarados do treinador dentro do Morumbi.

Além do passado vitorioso, Muricy seria o único capaz de dar um choque no elenco, com seu estilo linha-dura, segundo os cartolas.

Segunda casa
Milton Cruz espera por tratamento de rei enquanto o São Paulo estiver no Japão. “É que eu fui um dos primeiros brasileiros a jogar no Kashima Antlers e o pessoal até hoje me adora por lá”, justifica.

Tradição brasileira
Rival tricolor na final da Copa Suruga, o Kashima Antlers só teve técnicos brasileiros desde 1999. No período, passaram pelo clube Zico, Paulo Autuori, Oswaldo de Oliveira, Jorginho e Toninho Cerezo.