Paulo Schiff é presidente do Conselho Deliberativo do Peixe |
O que o senhor achou da marcação do amistoso contra o Barcelona?
Eu acho que o Comitê de Gestão cometeu um erro, porque o Santos ainda tem um time em formação e não poderia enfrentar neste momento uma potência como o Barcelona. Mas, tenho sentido que há um exagero dos santistas, porque o mundo não acabou para nós.
Não acha que o placar de 8 a 0 manchou a imagem santista no mundo?
Não ficou legal, mas acho que o Comitê de Gestão não pode ser avaliado apenas por causa desse amistoso.
O senhor discorda dos protestos contra o Comitê de Gestão?
Eu entendo que existe mais alvoroço do que o momento merecia. É preciso ter serenidade e equilíbrio.
Por que o senhor marcou uma reunião informal com os conselheiros para esta terça-feira (a reunião foi desmarcada há instantes, pelo temor de protestos na Vila Belmiro)?
Porque queria sentir se a revolta que tenho visto de alguns conselheiros é compartilhada com a opinião da maioria.
O que faz o senhor avaliar como boa a atuação do Comitê de Gestão à frente do Santos?
Os números financeiros do Santos são muito bons. Em 2009, o clube arrecadava R$ 70 milhões e tinha uma dívida de R$ 135 milhões. Em 2012, a arrecadação saltou para R$ 200 milhões, enquanto a dívida ficou em R$ 160 milhões. Ou seja, hoje temos um Santos saudável no aspecto financeiro.
Mas e o time?
O time é formado por muitos jogadores jovens, mas promissores. Aproveitando, queria lembrar que o Santos foi o clube entre os 12 grandes que mais reduziu sua dívida em 2012, em 13,6%.
O senhor é a favor da manutenção do Claudinei Oliveira como técnico?
Eu desde sempre preferia a contratação de um treinador mais experiente e deixaria o Claudinei como auxiliar. Exatamente por temer uma goleada fora de casa. Mas gosto muito do Claudinei e acho que ele merece ser olhado com carinho, pois ganhou no sub-15, no sub-17, no sub-20.
E a ausência de um patrocínio máster? Já estamos em agosto.
Há uma conjunção nacional que tem atrapalhado os investimentos de patrocinadores de maneira geral. Embora já fosse possível prever um ano duro para a economia.